A sustentabilidade nas escolas pode se apresentar de muitas formas: ao rememorar datas importantes para o meio ambiente, ao organizar ações de coleta seletiva na escola e arredores, ou ao integrar a Educação Ambiental como eixo orientador. Uma vez sob a perspectiva de transversalidade nas ações pedagógicas sobre meio ambiente, verifica-se na pluralidade da sustentabilidade uma proposta de projeto, para a escola, amplamente dialógico e contextualizado no território. Com o uso de metodologias inovadoras, hands-on ou outdoor como exemplo, criam-se novas possibilidades para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, além da aprendizagem de conceitos fundamentais.
As possibilidades de ensino dos temas socioambientais locais se ampliam ao considerar a perspectiva do território educador: a mercearia local, a unidade de saúde e uma horta escolar são exemplos de espaços que possibilitam a abordagem de conteúdos relacionados ao sistema alimentar. Em complemento, a organização de coletivos de alunos para expedições aos espaços dos arredores da escola ou às áreas naturais protegidas pode propiciar a formação de uma identidade socioambiental local, contribuindo para a ação diante desses ambientes. Nesse sentido, estabelecer parcerias com outros atores sociais surgem como estratégia chave para abrir o leque de possibilidades na estruturação de um território educador que transpassa os limites da escola.

Infográfico adaptado de Learning and Teaching Scotland (2010) sobre as possibilidades de planejamento da escola para parcerias externas, conforme gradiente de autonomia dos estudantes e da unidade escolar.
Conforme explicita o infográfico acima, as parcerias podem ser realizadas de diversas formas, com diferentes graus de influência da equipe escolar e dos parceiros. Elas, juntamente a suas devidas relações institucionais, são fundamentais para o fomento de uma ação educativa dialógica e ambientalmente estratégica. É importante destacar que, embora o infográfico apresente possibilidades que podem funcionar como diretrizes gerais para o estabelecimento de parcerias, deve-se sempre ter em mente, no momento de firmá-las, as particularidades do território. Assim, as parcerias devem ocorrer de acordo com as demandas de cada localidade e a estrutura de organização existente, tendo sempre em mente o objetivo de fomentar o protagonismo juvenil diante de temas socioambientais.
Os pontos levantados até aqui constituem fatores de extrema relevância para uma educação que vise a uma nova Racionalidade Ambiental, que seja socialmente inclusiva e crítica à orientação antropocêntrica sobre o meio ambiente. Metodologias inovadoras, que permitam também o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, assim como as parcerias e as saídas da escola, que ampliam o território educador, são caminhos promissores para o trabalho da sustentabilidades nas escolas, com atenção, sempre, ao protagonismo juvenil.