Já são conhecidos, na literatura acadêmica, diversos ganhos de aprendizagem relacionados às atividades sobre temáticas ambientais em espaço natural. Além da aprendizagem de conceitos relacionados à ecologia ou à matemática, um sentimento de maior conexão com a natureza perpassa a formação de uma identidade com o território. Identificar-se e constituir-se enquanto conectado à natureza é um forte motivador para que as atitudes e comportamentos das pessoas venham a se tornar mais ambientalmente responsáveis. Dessa forma, o ensino em espaços não formais novamente ganha destaque, envolvendo então as problemáticas socioambientais locais de forma transversal.
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação tem, entre seus objetivos, “favorecer condições e promover a educação e a interpretação ambiental e a recreação em contato com a natureza”; em consonância com isso, o Programa Nacional de Educação Ambiental traz, entre suas linhas de ação e estratégias, o “estímulo à inserção da educação ambiental nas etapas de planejamento e execução de ações relacionadas a (...) unidades de conservação e entorno (...)”. Dessa forma, as Unidades de Conservação constituem um espaço potencial para o ensino e para a formação de uma identidade ambiental.
Você já conhece o trabalho do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade da Diretoria Regional de Ensino do Butantã? Esse grupo congrega atores da educação, da nutrição e da gestão ambiental pública para discutir ações integradas pelo território. É uma atividade exemplo sobre as possibilidades de articulações intersetoriais.